sexta-feira, 3 de junho de 2011

Matéria para UNISO

Fiz uma matéria sobre Stand up para UNISO e poderá vincular em alguns meios de comunicação de Sorobaba, vamos torcer! Espero que gostem!


Stand Up Sorocabano vira realidade
O estilo humorístico vira febre no Brasil e Sorocaba não fica de fora com comediantes reconhecidos nacionalmente.



Hoje o Brasil conta com a febre do humor e ele se destaca cada vez mais nas mídias. O Stand Up Comedy vem dos Estados Unidos, é uma expressão da língua inglesa usada para um espetáculo de humor onde um comediante se apresenta sozinho e geralmente em pé. O Stand Up é muito confundido com outros gêneros de humor onde a abordagem é diferente, onde se usam personagens, música, cenas. No Stand Up é apenas o humorista falando do cotidiano de forma engraçado, muitos falam que é um bate papo com o público. Esse estilo nasceu nos Estados Unidos de derivadas raízes do entretenimento americano do final do século XIX. Jack Benny, Bob Hope e Fred Allen são os pais do Stand Up onde na época de ouro da rádio eram chamados de mestres de cerimonia. Começaram a ganhar destaque em grandes clubes apresentando bandas ou outros artistas. Esse estilo de humor lançaram grandes artistas em Hollywood como Billy Crystal Robin Williams, Eddie Murphy.
No Brasil, o Stand Up surgiu de forma bem discreta. No início Bruno Motta e Diogo Portugal, que fazem sucesso até hoje, eram os percursores do estilo. Ambos participaram do Premio Multishow do Bom Humor Brasileiro, Portugal em 1996 e Motta em 1998, criado por Wilson Cunha com o objetivo de divulgar o estilo. Apenas os dois usaram o estilo Stand Up no festival. O primeiro grupo de Stand Up do Brasil é o Comédia em Pé que conta com Fernando Ceylão, Cláudio Torres Gonzaga, Fábio Porchat, Paulo Carvalho e Fernando Caruso. O Grupo é sucesso desde fevereiro de 2005, data de sua criação. Com a repercussão da entrevista de Diogo Portugal para Jô Soares, o estilo de comédia virou sucesso no país. Desde então muitos humoristas de sucesso surgem no país: Dani Calabresa, Marcelo Adnet, Danilo Gentili, Rafael Bastos, Rafael Cortez, Marco Luque, Fabio Rabin, Léo Lins entre outros.
Em Sorocaba, o humor é liderado pelo grupo Comédia Instantânea que se encontra todas as terças no Asteroid Bar na rua Aparecida. Osvaldo Barros, 26 e Fernando Strombeck, 26, atenderam a nossa reportagem.
Perguntados sobre nome local de nascimento Strombeck usou o humor:
Meu nome e Fernando Souza da Silva, nada artístico, então utilizo o sobrenome Strombeck que de certa forma está na minha família. Nasci e morei com minha mãe na capital paulista até os 13 anos, depois, como medo que eu virasse veado, minha mãe achou melhor eu morar com meu pai em Votorantim.
Já Osvaldo foi simples e objetivo:
Osvaldo Fagner Soares de Barros tenho 26 anos e nasci em Sorocaba-SP
Osvaldo, explicou como é o mercado de humor para os sorocabanos:
Nós somos os primeiro a desbravarem esse território. Somos o primeiro grupo que conseguiu estar em cartaz durante tanto tempo na cidade, alguns tentaram, mas não persistiram. Acredito que Sorocaba tenha um bom espaço para os comediantes, pois não estamos em uma capital, onde humoristas estão saindo pelas ventas. E nem numa cidade muito pequena, onde não há público nem local apropriado para as apresentações. Talvez o único defeito da cidade seja não possuir mais teatros com espaço e facilidade de locação. O teatro municipal só se consegue com luta e política e o Pedro Salomão não é um grande teatro, embora tenha ótima estrutura. Um teatro bacana era o teatro América, infelizmente não foi valorizado e virou uma loja.
Desde que época faz humor e de onde surgiu a vontade? Inspiração em algo ou alguém?
Strombeck: Fiz algumas peças na escola na adolescência, mas nunca achei que um dia viveria de arte, pelo contrário, sempre fui muito tímido e de poucas palavras. Sou técnico em informática, e por incrível que parece, Engenheiro Civil. Comecei com humor em 2006, quando recebi o convite de amigos para visitar hospitais como palhaço. Fiquei tão empolgado com o trabalho que desde então frequentei diversos cursos de arte circense, improvisação teatral, mímica, palhaço e por acaso fui parar em uma oficina de stand up comedy. Admiro bastante o trabalho do Jogando no Quintal e dos Doutores da Alegria, grupos com que tive a oportunidade de aprender bastante, então hoje eu busco aplicar essa vivência de clown no meu trabalho de humorista, seja fazendo stand up, seja interpretando personagens cômicos.
Osvaldo: Faço humor desde criança, fazia muitos rirem muito com uma piada racista que meu tio me ensinou. Eu, inocente, achava aquilo normal. Realmente na época não era tão polêmico. Agora profissionalmente comecei em outubro de 2008, minha primeira influência foi o Diogo Portugal, depois Oscar Filho, e agora admiro muitos humoristas brasileiros e gringos.
Como foi no início? Apresentava em quais lugares e como foi sua primeira apresentação?
Strombeck: Todo inicio é complicado. Lembro que realizamos quatro meses de oficinas e no final do curso cada participante tinha criado apenas cinco minutos de material, o que já deixava claro a dificuldade de escrevermos as nossas próprias piadas. Sem contar que eu não tinha a mínima noção do que era stand up, tanto que hoje não faço nenhuma piada daquela época. Com o tempo acho que encontrei alguns atalhos para as piadas, por isso acho que a experiência e a dedicação contam muito nessa profissão. Minha primeira apresentação foi no Teatro Grande Otelo, no encerramento da oficina de stand up, em outubro de 2008. A apresentação foi bacana, a platéia riu bastante e sem dúvida foi o ponto de partida para outros projetos, como a criação do grupo Comédia Instantânea em 2009. Depois do término da oficina fiz um ou outro open mic, espaço em outros grupos para novos humoristas, mas apenas em maio de 2009 comecei me dedicar de verdade ao gênero, escrevendo com mais frequência e tentando mostrar o meu trabalho em outros grupos.
Osvaldo: Minha primeira apresentação foi bem bacana, foi pra finalizar um curso de Stand up Comedy que fizemos na Oficina Grande Othelo, em Sorocaba. Havia amigos e familiares de todos que estavam se apresentando (uns 10 concluíram o curso). O problema foi a segunda apresentação: Abrimos um show de forró universitário, um desastre.
Você prefere encarar o publico sendo você ou usando personagens?
Strombeck: Hoje eu prefiro de cara limpa, sendo eu mesmo, acho que o desafio e a adrenalina são maiores. Dedico-me mais ao stand up, mas como humorista, quero fazer as pessoas rirem, então encaro qualquer coisa ligada ao humor.
Osvaldo: Acho mais fácil encarar o público caracterizado como algum personagem, mas o que gosto mesmo é de encarar de cara limpa, embora seja um desafio maior. De cara limpa estamos expostos, tudo que eu fizer de errado no palco, sou eu mesmo. Não tenho a desculpa de estar apenas interpretando, pelo menos é assim que as pessoas enxergam.
A idéia de seus personagens, que são dois, saiu da onde? Inspiração em alguém ou algum caso vivido? Fale um pouco sobre eles.
Strombeck: A Alice Box a bancária, minha primeira personagem, surgiu na época em que eu ainda era bancário. Muitas piadas contadas por ela foram criadas no dia a dia de trabalho, ou contada por outros colegas de profissão, talvez por isso as pessoas se identifiquem bastante com a figura dela. O Fabinho Restart é um emo que quer deixar de ser emo e surgiu justamente na época que a banda Restart estourou. A intenção era apenas fazer uma gozação com os fãs da banda. Faço muito pouco ele pois o Restart não está mais em evidência, assim o personagem perdeu um pouco da força. Tenho alguns personagens no papel, mas ainda não tive coragem de testá-los, pra mim é um pouco mais complicado esse processo de criação, caracterização e interpretação, apesar de eu gostar bastante.
Osvaldo: Bom, o Conrado surgiu de uma necessidade. Íamos estrear o Comédia Instantânea e ninguém queria ser o primeiro, abrir o show era visto como uma dificuldade maior. Então tive a idéia de fazer um homossexual pra aquecer a platéia, João e Fernando toparam e a fórmula funcionou. No início era só um homossexual, uma coisa meio "Cristhian Pior", com o tempo o personagem foi ganhando uma cara e se tornou um Pastor Gay. Até hoje ainda utilizamos desse artifício no Comédia Instantânea, quando apresentamos fora do Asteroid. No asteroid variamos bastante.
O outro personagem é o Sardinha, na realidade o Sardinha sou eu mesmo. Ainda não encontrei totalmente todas as características desse personagem. Ele funciona bastante como personagem interativo, mas ainda está bem cru para o palco. Inicialmente a idéia era fazer um cara lesado, com falta de memória, inspirado em situações que eu mesmo passei, pois sou assim. E ao mesmo tempo brincar dizendo que ele é pamonheiro, pra não dizer maconheiro. E sempre em cima do trocadilho mostrar um típico usuário: lento, divertido e tranquilo. Mas quero deixar claro que não sou maconheiro, isso é algo restrito ao personagem. Aliás nem o personagem é, ele é Pamonheiro.
Você pode saber um pouco mais sobre os comediantes nos vídeos a seguir ou nos sites pessoais - www.fernandohumorista.com.br e – no site do grupo - e todas as terças no Asteroid Bar – Rua Aparecida, 737 – Santa Rosália – Sorocaba/SP. Telefone: (15) 3329.2767 sempre a partir das 20h.
Strombeck na Praça é Nossa:
Strombeck como Alice Box:
Osvaldo Programa do Jô - Humor na Caneca:


Leonardo Cardoso.

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